Em seu primeiro dia de participação na COP26, a vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão, assinou a Carta de Edimburgo em prol da defesa da biodiversidade e anunciou que o Recife será a sede do 1º Encontro Nacional do ICLEI Brasil. A divulgação ocorreu em novembro, junto ao governador Paulo Câmara e ao diretor Global de Advocacy do ICLEI, Yunus Arikan.
Principal associação mundial de governos locais e subnacionais dedicados ao desenvolvimento sustentável, o ICLEI tem uma forte representação no Brasil, com destaque para a capital pernambucana, escolhida para abrigar a primeira grande reunião nacional da entidade, em março de 2022. O evento irá contemplar ainda a Reunião Anual do Conselho Regional do ICLEI América do Sul, visando reunir os órgãos públicos associados ao ICLEI e os seus parceiros (universidades, setor privado e organizações do terceiro setor). Será um grande encontro de fomento da economia verde, que trará as tendências internacionais mais atuais, promovendo a sensibilização de diversos atores sobre as importantes questões relacionadas ao desenvolvimento urbano sustentável.
A história do Recife com o ICLEI já tem nove anos, uma parceria iniciada durante a gestão do prefeito Geraldo Julio, atual presidente do Comitê Executivo Regional do ICLEI. Com a gestão de João Campos, que é integrante do Conselho Global do ICLEI América do Sul, as ações vêm sendo intensificadas para garantir o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). “Recife colhe os frutos das sementes plantadas a muitas mãos para construir uma cidade inclusiva, plural e resiliente. Uma economia verde contribui com a preservação do meio ambiente, a redução das desigualdades sociais e a geração de oportunidades de emprego e renda, reforçando o compromisso do poder público com as gerações atuais e as que estão por vir”, ressaltou a vice-prefeita Isabella de Roldão.
Com o apoio do ICLEI, a Prefeitura do Recife elaborou seu Plano Local de Ação Climática (PLAC), tendo como norte a neutralização de emissões de gases do efeito estufa até 2050. Uma série de ações concretas estão sendo desenvolvidas, como a implantação de iluminação em LED em toda a cidade e a instalação de uma usina fotovoltaica no Hospital da Mulher.
"Todos os debates e as decisões do 1° Encontro Nacional do ICLEI no Recife terão como princípio fundador a metodologia dos cinco caminhos de desenvolvimento promovidos pelo ICLEI: baixo carbono, resiliente, baseado na natureza, circular e equitativo e centrado na pessoa", enfatizou Yunus Arikan. O evento tem como meta tratar de desafios concretos, com um olhar orientado para a promoção de parcerias efetivas que permitam que os associados participantes reconheçam e acessem instrumentos adequados para agir e responder a suas demandas imediatas. Será um espaço para promover networking, cooperação, participação, inclusão e inovação.
Além dos importantes debates acerca do desenvolvimento sustentável, o turismo e a economia do Recife também serão beneficiados, devido ao fluxo de visitantes que irão aportar na capital pernambucana, como representantes de quase 70 municípios do País. Paralelamente ao encontro do ICLEI, Recife ainda sediará a Conferência Internacional de Resíduos Sólidos (Cirsol) e o Encontro Latino-Americano da Associação Internacional de Resíduos Sólidos (ISWA).
CARTA DE EDIMBURGO
Assinada pelo Governo de Pernambuco e pela Prefeitura do Recife, a Carta de Edimburgo marca o compromisso do Estado e de sua capital em buscar medidas efetivas para a conservação de suas biodiversidades. "Reafirmamos nosso compromisso pela neutralidade de gases do efeito estufa", disse Paulo Câmara.
Integrada ao Acordo de Paris e aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, a declaração é um reconhecimento internacional para a construção de uma sociedade de baixo carbono, inclusiva, resiliente e biodiversa. Tanto o Estado quanto a capital pernambucana são signatários da campanha global Race to Zero, que prevê a neutralização de carbono até meados deste século.
Fonte: Prefeitira do Recife